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Prazer, Natal, eu sou Outubro.

Rodrigo Silva

Era uma vez, comerciantes que ficavam todo o mês de novembro cumprindo tabela, se preparando para as vendas do Natal que normalmente iniciavam com um volume totalmente fora da curva a partir do dia de pagamento em dezembro...



Nesse tempo tão, tão distante, as contratações temporárias de funcionários para atendimento presencial nos setores de varejo giravam em torno de 30% da grade convencional de trabalho, o modus operandi de venda já era totalmente conhecido por qualquer setor, em qualquer lugar do Brasil...


Por volta de 2012, a internet começa a ganhar espaço na forma de consumo, época em que também surgem como grande diferencial os conhecidos marketplaces, Americanas, Submarino e tantos outros. Navegando quase que sozinhos no mercado online, o maior desafio dessas plataformas era trazer o consumidor para o online, uma vez Natal existe desde sempre, e desde sempre o modelo de operação que as pessoas conhecem era pegar o pagamento, pagar o cartão de crédito e fazer as compras de Natal, ou então, pegar o 13º salario e comprar a vista aquilo que desejava.



Sobre um mar de dúvidas, as plataformas arrastam uma imensidão de pessoas para o virtual, só que ela não se atenta que uma informação era vital, A PREVISÃO DE ENTREGA! De posse dos algoritmos, chegar no cliente não era um problema, o mesmo já não se pode dizer pra quantidade de informações de compra, tampouco para o pós venda. Me recordo que foi um dos anos onde a quantidade de reclamações no PROCON foi absurda. Como o mercado não costuma perdoar uma sequencia de erros e a própria legislação vigente não previa uma regra muito clara para compras online, os próprios canais começaram a se autorregular ou agir preventivamente, criando uma espécie de educação de compra, domesticando o usuário para que isso causasse menos problemas futuros. Nessa mesma época, surgiram sites para reclamação de um problema ou dificuldade que teve, sites que foram muito bem aceitos pelo consumidor, exemplo, Reclame Aqui, ali pessoas com a mesma dificuldade encontravam força para lutar contra algo que não havia regulamentação clara. Lá em 2012/13 a gente não sabia, mas estava sendo escrita uma nova forma de consumir no Brasil...


Como forma de impulsionar os clientes a anteciparem suas compras, o mercado importou uma data de suma importância para os norte americanos, fazendo ganhar força aqui no Brasil também, a tão conhecida hoje, Black Friday.



No início, muito criticada, por falta de compreensão de como adequar aquilo ao seu calendário de planejamentos, os comerciantes só a usavam pra não deixar passar batido, aumentavam os preços um mês antes e no período da campanha reduziam ao valor normal como se aquilo fosse o desconto, daí a chamada “Black fraude”!


Mas lembra que eu mencionei que o próprio mercado se autorregula? Eu esqueci de mencionar que o consumidor é a parte mais importante nesse processo, quando ele adere, ok, quando ele não adere, tudo é repensado... Resumindo, ou as empresas mudavam a forma de ler a Black Friday ou ela já era uma data comercial nascendo morta!


E isso novamente aconteceu, o próprio mercado tratou de ensinar os consumidores que aquela data era uma oportunidade de quem queria o presente de natal pagando menos que no shopping ou nas lojas de rua durante a campanha de natal, mas precisava dar um passo antecipado, fazer um movimento de compra fora da época, pra assim o comerciante e as plataformas terem prazos mais confortáveis de preparar e entregar o presente. Poderia falar que esse foi o cenário de ouro para muitas startups, mas vou deixar isso pra outra matéria...


Pois bem... com tudo isso passado, já estamos falando de 2016 / 2017, nessa época o “natal antecipado” ou “black friday”, como queira chamar, já abocanhava em torno de 40% das vendas do natal, uma revolução silenciosa que até hoje a maioria dos comerciantes ainda não se deram conta...


Vou pular uns anos e parar em 2020 e 21, anos da maior crise sanitária mundial. Há quem diga que o mundo mudou, eu não concordo com essa afirmação, o mundo já caminhava para os novos hábitos que temos hoje, ele só acelerou assustadoramente os processos como um todo. Escolas tiveram que reaprender a lecionar, academias a exercitar-se, clínicas a venderem pacotes de fidelização, restaurantes a despachar via app, tudo 100% virtual, era o ano da revolução...



Quem conseguiu assimilar com maior velocidade se deu bem, saiu na frente e colheu os frutos mais rápido, o Brasileiro é muito criativo, encontramos as formas mais variadas de entregar valor de modo virtual, e o consumidor enxergou todo esse esforço, essa maré de mudanças, aquilo que vinha sendo plantado antes da pandemia, agora estava virando lei, quem não tinha app de comida passou a ter, quem não tinha bicicleta comprou, quem só andava de ônibus e não tinha app de taxi baixou, e assim a gente caminha pra Black Friday de maior sucesso dos últimos tempos, com a demanda em alta, pessoas com dinheiro mas sem poder sair de casa, ahh meu amigo, não tem ansiedade que suporte não dar um COMPRAR naquilo que a gente quer lá pro Natal, ainda mais se tiver com uma proposta legal...


E assim nascia um novo desenho das compras de Natal no Brasil.


Ainda faltam dados concretos para objeto de pesquisa, mas o próprio comerciante começou a se atentar mais para a sua operação, o que era possível ser antecipado para atender uma demanda antes inexistente, feiras de negócios que outrora eram feitas em outubro passaram a ser feitas em agosto, tudo prevendo que a operação toda seria antecipada, programada, visando uma antecipação real das vendas do Natal para a Black Friday. Com mais comerciantes conscientes, eles próprios passaram a conscientizar os seus consumidores e clientes, e assim, a cada natal a gente vê as compras sendo antecipadas, os bancos e instituições financeiras, entendendo a demanda do consumidor, começou a ofertar maior limite de crédito e empréstimos consignados ao cartão de crédito nos meses de outubro e novembro, imbuindo na cabeça do consumidor que a oportunidade está nas suas mãos, ele pode não aproveitar esse ano, mas no próximo vai se lembrar disso e fazer escolhas diferentes!


Isso significa que vai parar de vender no Natal? A meu ver, jamais! O Natal tem algo que a Black ainda não consegue entregar, magia, muitas pessoas compram com o coração, reservam aquela data pra pensar naqueles que ama, sente o presente com as mãos e espera por essa conexão, coloca no papel de presente mais do que um objeto, colocam suas sensações, mas esses serão cada vez menos, principalmente porque o mercado online avança a cada dia e é um caminho sem volta.


Independente de Natal ou Black Friday, a reflexão desse artigo é para o planejamento e operação. Você pode pensar e executar ações para as suas vendas com pelo menos 3 meses de antecedência, se fizer isso, provavelmente você tenha um Natal (ou Black Friday) todo mês e não dependa exclusivamente de datas específicas para fazer das suas vendas um ponto fora da curva.


E aí, como você vê essa mudança no consumo pro seu negócio? Escreve aqui nos comentários ou me manda um direct, com certeza será de grande utilidade pra gente compartilhar vários pontos de vista!


Eu sou o João Rodrigo, sócio da RLS Representações, da Prowest Bike e Consultor de Negócios presente na história de diversas outras empresas do segmento, vivo de bike há quase 30 anos e o meu compromisso com esse Blog é ajudar você, dono de bicicletaria, bike shop e o seu time escalar maiores resultados.


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No mais, desejo que você tenha um Dezembro mágico, que as suas vendas sejam magníficas, nosso time de especialistas estão à disposição caso precisem de algo em emergência!


Que venha 2023! 🍾🎉🎆


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