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Projeto propõe kit de acessórios a ciclista de baixa renda

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Quem acompanha nosso blog, sabe que nosso material é sempre focado em ciclistas iniciantes, por mais que nosso produto contemple vários públicos, nossa meta é impactar cada vez mais pessoas positivamente afim de iniciarem a prática do ciclismo, algo difícil de ver com ações por políticas públicas ou mesmo pelas empresas que do setor, quando algo é produzido em nível de evento ou mesmo em patrocínio, não gera apoio direto ao iniciante ou iniciado no ciclismo, mas sim, ao público já evoluído e crescendo.


Ciclistas em espaço público urbano

Quando nos deparamos com os números, enxergamos claramente que o iniciante é quem deveria ter a melhor base de inclusão, orientação e apoio, um usuário formado corretamente desde sua base resultaria em um ciclista consciente e regular, trazendo impacto direto até para os números de vidas salvas para o caso de ciclistas que se acidentam no trânsito.

Alinhado à isso, recentemente a Assembleia Legislativa do Ceará tramitou o Projeto de Indicação (PI) que cria o Programa Estadual de Apoio ao Ciclista de Baixa Renda, pretende distribuir um kit com acessórios básicos de segurança para ciclistas de baixa renda.

Proposto pela deputada Érika Amorim (PSD), o PI começou a tramitar na Assembleia em dezembro de 2021 e se encontra na Procuradoria da Casa aguardando parecer. A expectativa é que a proposta seja apreciada pelos deputados e aprovada.

Caso aprovado, o kit para ciclistas será entregue por parte do Governo do Ceará e conterá:

  • Sinalizadores dianteiro e traseiro;

  • Capacete;

  • Buzina ou qualquer outro dispositivo sonoro;

  • Suporte para garrafa de água.

Os beneficiários serão pessoas que tenham o nome no CadÚnico ou que recebam o benefício de prestação continuada da assistência social ou seja beneficiário de um ou mais programas sociais.


Para a Érika Amorim (PSD), a matéria é de grande relevância já que parte da população, especialmente a de baixa renda, se utiliza da bicicleta como único meio de transporte. "Além de lazer, o uso das bicicletas no dia a dia pode se configurar como a única forma de deslocamento para o trabalho de muitos cearenses, principalmente com alta do preço dos combustíveis e as dificuldades financeiras. Muitos desses trabalhadores não têm condições de adquirir acessórios básicos e fundamentais de proteção, se arriscando diariamente", argumentou.


A parlamentar ressaltou ainda que a falta de acessórios básicos de segurança, em inúmeras situações, contribui com o aumento de acidentes que envolvem ciclistas. "O nosso projeto tem esse objetivo: reduzir o elevado número de mortes de ciclistas em nossas vias terrestres prestando auxílio para que a população possa se deslocar com segurança", afirmou.


O Código de Trânsito Brasileiro possui diversos artigos que determinam como os motoristas devem se portar diante de um ciclista, como reduzir a velocidade ao fazer ultrapassagem ou ceder passagem ao ciclista durante manobra ou mudança de direção, mas não é raro observar o descumprimento dessas medidas. Com a proposta, a deputada também pretende que haja uma sensibilização por parte da sociedade em geral de respeito ao ciclista.




Educação no trânsito

O advogado Érico Silveira considera a proposta excelente para o fomento ao uso do modal em Fortaleza, porém acrescentaria alguma ação de fomento à educação no trânsito. "Penso que, juntamente com a distribuição dos equipamentos, deveria haver a orientação pedagógica para os ciclistas, que eles saibam dos direitos e os deveres na utilização das ciclofaixas e na utilização dos equipamentos de segurança", opina.

Ele cita palestras e seminários como exemplos dessa orientação. "Tudo isso e algumas sinalizações que estão sendo implementadas também vão contribuir a diminuição do número de acidentes", conclui.


Ciclovida faz críticas

"O texto é bem curto, não tem muita argumentação, o que acaba sendo uma coisa rasa", afirma o representante da Associação dos Ciclistas Urbanos de Fortaleza (Ciclovida), Felipe Alves. Para ele, a justificativa da proposta tem algumas afirmações irreais, baseadas no senso comum.

"Acredito que muitos legisladores não consultam o público-alvo para saber o que essas pessoas realmente precisam. Eu tenho certeza de que se você perguntar ou até mesmo observar os ciclistas de baixa renda, vai perceber que as necessidades são outras. Eles vão falar que precisam de algo para a manutenção da bicicleta ou até mesmo precisando da própria bicicleta", opina Felipe.

O representante também comenta a divergência sobre o uso obrigatório do capacete que, à princípio, foi projetado para o ciclismo esportivo. "Não precisa ter conhecimento técnico para perceber que ele [o capacete] não tem efetividade se você for atropelado por qualquer veículo motorizado. Se for por um carro, por menor que ele seja, tem mais de mil quilos em velocidade completamente incompatível com a da bicicleta", diz.

"Quando você olha pelo lado mais técnico da segurança viária, a própria cidade de Fortaleza tem diversas ações que são exemplos de redução dos números de mortos e feridos e nenhuma dessas ações está relacionada com a distribuição de itens básicos de segurança. A engenharia no desenho das vias e na redução de velocidades faz muito pela segurança dos ciclistas", conclui.


Conclusão

Ainda que seja uma medida cautelar ou mesmo introdutória, aqui nós entendemos que é algo positivo para o iniciante ou trabalhador que depende da bicicleta para se locomover, somos adeptos do modelo de ensino através do exemplo.


“Minha filha de 2 anos me vê usar capacete frequentemente, também se sente confortável em usar quando a coloco na cadeira da bicicleta. Hoje ela não entende o quanto está contribuindo para ela e para sua geração, mas de fato está,” diz Rodrigo Silva.


A Prowest Bike desde 2021, de forma inédita, oferta aos lojistas um kit acessórios de segurança com 6 itens a preço de custo para que seja adquirido junto de cada bike e repassado ao ciclista pelo então preço de custo como forma de fomento, acreditando que a melhor maneira de impactar é fazendo algum movimento em prol daqueles que estão buscando melhores condições de pedal e maior segurança no ir e vir.


Ainda há muito a ser feito, sobretudo com incentivos nacionais de encorajamento ao não usuário de bike para se tornar um, a mobilidade urbana só pode ser sustentável com meios de transporte mais inovadores, mas para tal, também é necessário segurança pública e vias dedicadas ao deslocamento seguro de ciclistas.


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