Você que quer conhecer uma Bike pra te surpreender nos terrenos urbanos ou mais intermediários sem precisar se desfazer de um carro pra comprar a bike, bora pedalar em mais um Review, dessa vez, na Prowest Lady 8108L.
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“Antes que eu comece a falar da bike vou compartilhar uma informação com vocês, muita gente sabe, mas muita gente não sabe... Não são todas as marcas de transmissão que são compatíveis entre si, determinadas configurações são imensos desafios em desenvolver, justamente pelo fato de continuidade e também de qualidade.
Sem mais delongas, partimos para esmiuçar essa maravilha de Bicicleta!
Vou subdividir a bike em 5 partes e falar de cada uma delas detalhadamente para que você possa tirar as suas próprias conclusões: Quadro, Suspensão, Rodas, Transmissão, Componentes de complemento.
1. O Quadro
Recepcionado pelos clientes lojistas e bikeshops como a Revolução em produção nacional, é sem dúvida um mega diferencial. Os cabeamentos são internos, passam pelo tubo superior, a gancheira é com encaixe interno, evitando quebras e torção quando exigido um pedal nas catracas maiores, a liga do Aluminio é 6061, produzido com têmpera T6 e tratamento térmico diferente dos demais quadros nacionais, isso tudo porque o quadro tem um design muito imponente, o top tube é muito sutil e algumas curvaturas no decorrer dos tubos precisam desse tratamento para qualificação da liga do alumínio. Além disso, conta com um processo de solubilização (banho químico) muito mais lento que os demais, tudo isso para que a tinta (pintura eletrostática) tenha uma fixação sólida, evitando qualquer problema de trinco, rachaduras ou qualquer problema do tipo. Não por acaso a Prowest oferece garantia vitalícia em todos os seus quadros, mas isso é assunto pra outra matéria, hehehe... Outra coisa bacana é que a marca trás um leque de cores e tamanhos muito bom, são 3 cores nessa versão feminina, sendo os tamanhos 15 ou 17", no masculino, ao todo, são 10 cores, com certeza tem pra todos os gostos e sobre tamanhos, vão do 17 ao 21".
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2. Suspensão
Parte importante da Bike para quem quer abusar dos terrenos mais acidentados, a marca pensou num produto que viesse com a mesma proposta das Suspensões Suntour, Absolute, sistema de óleo e mola, 100mm de curso, ombro em alumínio com trava remoto (no guidão) e regulagem de pressão (Preload). É importada diretamente com a marca Prowest. Por vir exclusivamente nas bikes, não vemos por ai à venda para efeito comparativo, mas falo por experiência de uso, é o mesmo que usar uma Suntour XCM29 que usei por muito antes dessa bike. Há melhores? Com certeza, mas essa cai como um casamento perfeito na proposta da bike.
3. Rodas
Mais um item que é muito compatível com a proposta da Bike. Os aros parede dupla são de fabricação própria, projetados nas mesmas especificações técnicas do quadro, os adesivos são com uma milimetragem que não ultrapassa a borda do aro (muito importante quando precisa usar a espátula, para não machucar o adesivo), raios de aço preto (o que deixa o visual da bike muito mais top), cubos de alumínio esferado inox com blocagem rápida de alumínio... (falando em cubo, você sabe porque as principais fabricantes de cubo para bikes de ponta não usam sistema rolamentado mas sim esferas nos cubos? Em breve faremos uma matéria falando mais disso) retomando, Pneus 29x2.10 NOMAD com banda leve e Faixa BEGE (a sensação do momento), câmara de ar com válvula americana (bico grosso). O que achei providencial nas rodas dessa bike são a facilidade de remoção e recolocação dos pneus e câmaras, sem dúvida algo a ser levado em conta quando, há quilômetros da civilização, precisa fazer um reparo ou a troca da câmara de ar...
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4. Transmissão
Vou parafrasear alguém que admiro muito no esporte, Airton Senna: “É aqui que a gente diferencia os homens dos meninos!” Por que digo isso? Nem sempre o melhor produto é o mais desejado. Existe a forma com que cada marca posiciona o seu produto no mercado, consequentemente isso tem um retorno proporcional à efetividade da estratégia adotada. Quando digo isso não falo só de bike, digo no aspecto geral. O público consumidor de bike passou quase uma geração venerando a Shimano, falava em bicicleta, já podia esperar a seguinte pergunta: é Shimano? Eu, como mecânico, dono de oficina, de loja, sócio de fábrica com produção de larga escala e conhecedor dos produtos e da diferença entre eles, sempre defendi o uso de SRAM por um longo período, (isso que eu usava SRAM X4 de 27 marchas, o básico dos básicos) e quando tive a oportunidade de testar a Linha Steez lá no ano de 2019, não me conformava como entre os lojistas imperava Shimano sendo que tinha pelo menos meia dúzia de outras opções com custo x benefício muito melhores. E vamos combinar que, isso vindo do consumidor que não tem o mesmo conhecimento técnico é uma coisa, vindo do lojista não, na minha cabeça era total falta de espaço mercadológico, as marcas tinham meio que uma barreira virtual que as impedia de enxergar o tamanho do mercado e a necessidade de uma ação mais agressiva, de por de fato o produto à prova... Fui então me informar, ler, conhecer, pesquisar, cheguei à conclusão de que as pessoas compram muito mais pela indicação do que pela pesquisa e análise, como a Shimano tinha a maior fatia de peças para bikes de linha de entrada, ou seja, domestica seus usuários desde a primeira aquisição, (21 e 24 marchas), se tornou muito mais popular, visto que a política da Shimano nos anos 2000 era de pulverização, todo distribuidor vendia, um concorria com o outro, parecendo fim de feira... Por outro lado a Microshif, SRAM e outras opções do mercado se mantiveram posicionadas com suas estratégias que eram voltadas no público mais fidelizado, mais racional, até porque o investimento para adquirir os produtos dessas marcas são e sempre foram muito compatíveis, com SRAM por vezes alternando um pouco a mais que os outros. Chega de aula de história do ciclismo, Rodrigo, voltemos ao review...
Ops, me desculpa, eu precisava dizer isso pra você que está lendo e não conhece essas marcas, poder ter informação para fazer suas próprias analises. Finalizando, quando eu fui buscar a bike ideal pra eu carregar a Laura na cadeira de bagageiro e também pra Renata usar, eu queria uma bike que tivesse o sistema de trocas em cadência 1x1 (SRAM) e não 2x1 (Shimano). Mas o que muda, Rodrigo? Muda tudo! A maior mudança está na precisão da troca de marchas. O sistema 1x1 faz com que a mesma medida que o cabo percorre o trocador quando você o pressiona, também percorra no câmbio. O sistema 2x1 como o próprio nome diz, para cada 1 medida que o cambio percorre, o cabo percorre 2x mais na alavanca através de roldanas combinadas internamente. Por esse motivo, entre todas as opções que trabalham com sistema 1x1 na Transmissão, a que trouxe a melhor proposta combinando custo x benefício foi a Prowest 8108. A relação da Bike é a Steez Power9 de 9v, Pedivela Alum com a coroa single de 34d. O K7 inicia com 11d e o SuperCog tem 36d. Todos os itens, se comparados ao Altus M370 de 9v, são mais leves e a troca de marchas é simplesmente perfeita, tanto nos terrenos suaves como nos mais acidentados, a resposta do sistema 1x1 é inconfundível... Lembro de outro dia ver uma enquete de um fabricante de Bikes no stories do Instagram perguntando qual a melhor marca de relação para bike; em uma das respostas o consumidor mandou assim: “Só usa shimano intermediário quem não conhece Sram ou 1x1”... Faço minhas as palavras dessa pessoa!
O outro ponto que não pode passar desapercebido é que o fato da relação ser Single (apenas 1 coroa, sem a necessidade de cambio dianteiro e trocador do lado esquerdo) torna a bike muito menos complexa.
Recapitulando a minha expectativa; eu pensei nessa bike para a Renata e eu pedalarmos com a Laura, trechos rurais e urbanos combinados, mas nada HARD, afinal, o que eu buscava era conforto, agilidade, leveza e uma bike confortável, e nesse quesito, é como se eu tivesse sonhado e o sonho se tornado realidade. Eu fico imaginando como essa bike teria facilitado a vida de tantas senhoras e senhores ou iniciantes que quiseram começar a pedalar em grupo mas no início se perdiam na troca e combinação de marchas (catraca x coroa corretas) pra não cruzar a corrente!!!
5. Componentes de complemento
O que são? Os itens de cunho mais particular, mais ajustáveis, com menor valor agregado da bike mas que ajudam demais na composição geométrica e estética da bike: guidão, mesa, canote, selim, pedais... Os itens mencionados são todos de alumínio, o selim é um modelo Prime Steez vazado com courino com detalhes nas cores da bike. Ele é um selim padrão MTB, mais afinado, próprio para quem usa bermuda de ciclismo, mas já tive a informação que é possível personalizar pra quem está iniciando e ainda não usa bermuda com forração interna. O pedal também é simples, mas como a maioria dos ciclistas pra esse perfil de bike já usam pedal com clip, cada um tem sua sapatilha e o pedal que é compatível com a sua sapatilha, por isso, nem julguei um item a ser considerado, ele vai durar o suficiente pra mudança de nível. Outro ponto bastante positivo são as manoplas (luvas), tem uma ótima pegada e são muito confortáveis, não fica esfarelando igual a alguns modelos que já tive em outras bikes.
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Enfim galera, está aí a Prowest 8108 destrinchada pra vocês, se alguém tiver interesse em conhecer modelos compatíveis em Transmissão com esse, usem a referência de Shimano Alivio, Acera, SRAM X4, Sunrace MX9 ou MicroShift Acolite, todos vão ter uma entrega muito compatível com essa bike.
Espero que tenha trazido informações que ajudem vocês a escolherem a sua próxima bike ou no caso de parceiros Prowest, poderem conduzir melhor o cliente na tomada de decisão entre os modelos e configurações x ou y, não deixa de comentar abaixo a sua experiência sobre troca de marchas, relação e transmissão, independente de qual seja sua bike, gostamos de saber a sua opinião.
Eu sou o João Rodrigo, vivo de bike há mais de 25 anos e venho a cada Post compartilhando um pouco da minha experiência com vocês. Um abraço, até o próximo!
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