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Review da Prowest Next 8111

Rodrigo Silva

Você que quer conhecer uma Bike pra te surpreender nos terrenos mais difíceis sem precisar se desfazer de um carro pra comprar a bike, bora pedalar em mais um Review, dessa vez, na Prowest Next 8111.



“Antes que eu comece a falar da bike vou compartilhar uma informação com vocês, muita gente sabe, mas muita gente não sabe... Só existe 3 marcas de Componentes de Transmissão para bicicleta patenteados e comercializados mundialmente, inclusive


com equipes que os representam nas provas internacionais mais qualificadas, são eles: SRAM, Shimano e Microshift”.


Sem mais delongas, partimos para esmiuçar essa máquina de fazer pódium!

Vou subdividir a bike em 5 partes e falar de cada uma delas detalhadamente para que você possa tirar as suas próprias conclusões: Quadro, Suspensão, Rodas, Transmissão, Componentes de complemento.


1. O Quadro


Recepcionado pelos clientes lojistas e bikeshops como a Revolução em produção nacional, é sem dúvida um mega diferencial. Um dos parceiros no Nordeste a apelidou carinhosamente de “a princesa do deserto”. Os cabeamentos são internos, passam pelo tubo superior, a gancheira é com encaixe interno, evitando quebras e torção quando exigido um pedal nas relações de transmissão mais agressivas, a liga do Aluminio é 6061, produzido com têmpera T6 e tratamento térmico diferente dos demais quadros nacionais, isso tudo porque o quadro tem um design muito imponente, o top tube é muito sutil e algumas curvaturas no decorrer dos tubos precisam desse tratamento para qualificação da liga do alumínio. Além disso, conta com um processo de solubilização (banho químico) muito mais lento que os demais, tudo isso para que a tinta (pintura eletrostática) tenha uma fixação sólida, evitando qualquer problema de trinco, rachaduras ou qualquer problema do gênero. Não por acaso a Prowest oferece garantia vitalícia em todos os seus quadros, mas isso é assunto pra outra matéria, hehehe


2. Suspensão


Parte importante da Bike para quem quer abusar dos terrenos mais acidentados, a marca pensou num produto que viesse com a mesma proposta das Suspensões Suntour, Absolute, sistema de óleo e mola, 100mm de curso, em alumínio com trava remoto (no guidão) e regulagem de pressão (Preload). É importada diretamente com a marca Prowest. Por vir exclusivamente nas bikes, não vemos por ai à venda para efeito comparativo, mas falo por experiência de uso, é o mesmo que usar uma Suntour XCM29 que usei por muito antes dessa bike. Há melhores? Com certeza, mas essa cai como um casamento perfeito na proposta da bike.


3. Rodas


Mais um item que é muito compatível com a proposta da Bike. Os aros parede dupla são de fabricação própria, projetados nas mesmas especificações técnicas do quadro, os adesivos são com uma milimetragem que não ultrapassa a borda do aro (muito importante quando precisa usar a espátula, para não machucar o adesivo), raios de aço inox preto (o que deixa o visual da bike muito mais top), cubos de alumínio esferado inox com blocagem rápida de alumínio... (falando em cubo, você sabe porque as principais fabricantes de cubo para bikes de ponta não usam sistema rolamentado mas sim esferas nos cubos? Em breve faremos uma matéria falando mais disso) retomando, Pneus 29x2.10 NOMAD com banda leve e Faixa BEGE, câmara de ar com válvula americana (bico grosso). O que achei providencial nas rodas dessa bike são a facilidade de remoção e recolocação dos pneus e câmaras, sem dúvida algo a ser levado em conta quando, há quilômetros da civilização, precisa fazer um reparo ou a troca da câmara de ar...



4. Transmissão




Vou parafrasear alguém que admiro muito no esporte, Airton Senna: “É aqui que a gente diferencia os homens dos meninos!” Por que digo isso? N


em sempre o melhor produto é o mais desejado. Existe a forma com que cada marca posiciona o seu produto no mercado, consequentemente isso tem um retorno proporcional à efetividade da estratégia adotada. Quando digo isso não falo só de bike, digo no aspecto geral. O público consumidor de bike passou quase uma geração venerando a Shimano, falava em bicicleta, já podia esperar a seguinte pergunta: é Shimano? Eu, como mecânico, dono de oficina, de loja, conhecedor dos produtos e da diferença entre eles, sempre defendi o uso de SRAM por um longo período, (isso que eu usava SRAM X7 de 27 marchas, o básico dos básicos) em quando tive a oportunidade de testar a Linha Microshift lá no ano de 2011, não me conformava como só se vendia Shimano sendo que tinha pelo menos outras 2 opções com custo x benefício muito melhores. Fui então me informar, ler, conhecer, pesquisar, cheguei à conclusão de que as pessoas compram muito mais pela indicação do que pela pesquisa e análise, como a Shimano tinha a maior fatia de peças para bikes de linha de entrada (21 e 24 marchas), se tornou muito mais popular, visto que a política da Shimano nos anos 2000 era de pulverização, todo distribuidor vendia, um concorria com o outro, parecendo fim de feira... Por outro lado a Microshif e a SRAM se mantiveram posicionadas com suas estratégias que eram voltadas no público mais fidelizado, mais racional, até porque o investimento para adquirir os produtos dessas marcas são e sempre foram muito compatíveis, com SRAM por vezes alternando um pouco a mais que os outros. Chega de aula de história do ciclismo, Rodrigo, voltemos ao review... Ops, me desculpa, eu precisava dizer isso pra você que está lendo e não conhece essas marcas, poder ter informação para fazer suas próprias analises. Finalizando, quando eu fui buscar a bike ideal pra mim, eu queria uma bike que tivesse o sistema de trocas em cadência 1x1 (SRAM ou Microshift) e não 2x1 (Shimano). Mas o que muda, Rodrigo? Muda tudo! Mas a maior mudança está na precisão da troca de marchas. O sistema 1x1 faz com que a mesma medida que o cabo percorre o trocador quando você o pressiona, também percorra no câmbio. O sistema 2x1 como o próprio nome diz, para cada 1 medida que o cambio percorre, o cabo percorre 2x mais na alavanca através de roldanas combinadas internamente. Por esse motivo, entre todas as opções que trabalham com sistema 1x1 na Transmissão, a que me trouxe a melhor proposta foi a Prowest 8111. A relação da Bike é a Microshift XLE de 11v, Pedivela Hollowtec em alumínio com a coroa single de 34d. O K7 inicia com 11d e o SuperCog tem 46d. Todos os itens, se comparados ao Deore de 11v, são mais leves e a troca de marchas é simplesmente perfeita, tanto nos terrenos suaves como nos mais acidentados, a resposta do sistema 1x1 é inconfundível... Lembro de outro dia ver uma enquete de um fabricante de Bikes no stories do Instagram perguntando qual a melhor marca de relaçã


o para bike; em uma das respostas o consumidor mandou assim: “Só usa shimano quem não conhece Sram e Microshift”... Faço minhas as palavras dessa pessoa!


5. Componentes de complemento


O que são? Os itens de cunho mais particular, mais ajustáveis, com menor valor agregado da bike mas que ajudam demais na composição geométrica e estética da bike: guidão, mesa, canote, selim, pedais... Os itens mencionados são todos de alumínio, o selim é um modelo Prime Steez vazado com courino estampado nas cores da bike. Ele é um selim padrão MTB, mais afinado, próprio para quem usa bermuda de ciclismo, se alguém usar a bike sem bermuda de ciclismo pode achar o selim desconfortável. O pedal também é simples, mas como a maioria dos ciclistas pra esse perfil de bike já usam pedal com clip, cada um tem sua sapatilha e o pedal que é compatível com a sua sapatilha, por isso, nem julguei um item a ser considerado. Outro ponto bastante positivo são as manoplas (luvas), tem uma ótima pegada e são muito confortáveis, não fica esfarelando igual a alguns modelos que já tive em outras bikes.




Enfim galera, está aí a Prowest Next 8111 destrinchada pra vocês, se alguém tiver interesse em conhecer modelos compatíveis com esse, uma bike bem conhecida é a Specialized Rockhopper Comp, a Linha tem vários modelos, todos eles com a mesma transmissão Microshift usada na Prowest Next 8111.


Espero que tenha trazido informações que ajudem vocês a escolherem a sua próxima bike, não deixa de comentar abaixo a sua experiência sobre troca de marchas, relação e transmissão, independente de qual seja sua bike, gostamos de saber a sua opinião.


Eu sou o Rodrigo Silva, vivo de bike há mais de 25 anos e venho a cada Post compartilhando um pouco da minha experiência com vocês. Um abraço, até o próximo!



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